segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mensagem para Refletir HTPC do dia 11/04/2011

A melhor e a pior comida do mundo
Há mais de dois mil anos, um rico mercador grego tinha um escravo chamado Esopo. Um escravo corcunda, feio, mas de sabedoria única no mundo. Certa vez, para provar as qualidades de seu escravo, o mercador ordenou:Toma, Esopo. Aqui está esta sacola de moedas. Corre ao mercado. Compra lá o que houver de melhor para um banquete. A melhor comida do mundo!
Pouco tempo depois, Esopo voltou do mercado e colocou sobre a mesa um prato coberto por fino pano de linho. O mercador levantou o paninho e ficou surpreso:Ah, língua? Nada como a boa língua que os pastores gregos sabem tão bem preparar. Mas por que escolheste exatamente a língua como a melhor comida do mundo?
O escravo de olhos baixos, explicou sua escolha:O que há de melhor do que a língua, senhor? A língua é que nos une a todos, quando falamos. Sem a língua não poderíamos nos entender. A língua é a chave das ciências, o órgão da verdade e da razão. Graças à língua é que se constroem as cidades, graças à língua podemos dizer o nosso amor. A língua é o órgão do carinho, da ternura, do amor, da compreensão. É a língua que torna eterno os versos dos grandes poetas, as idéias dos grandes escritores. Com a língua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se demonstra, se afirma. Com a língua dizemos "mãe", "querida" e "Deus". Com a língua dizemos "sim". Com a língua dizemos "eu te amo"! O que pode haver de melhor do que a língua, senhor?
O mercador levantou-se entusiasmado:Muito bem, Esopo! Realmente tu me trouxeste o que há de melhor. Toma agora esta outra sacola de moedas. Vai de novo ao mercado e traz o que houver de pior, pois quero ver a tua sabedoria.
Mais uma vez, depois de algum tempo, o escravo Esopo voltou do mercado trazendo um prato coberto por um pano. O mercador recebeu-o com um sorriso:Hum... já sei o que há de melhor. Vejamos agora o que há de pior...

A Pedra
...O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já David matou Golias e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!
Não existe “pedra” no seu caminho que não possa ser aproveitada para seu próprio crescimento.

HTPC
11/04/2011